Terra em Transe, Glauber Rocha



Terra em Transe, Glauber Rocha
Filme, 1967
Sábado, 6 de Agosto, 22h
Entrada Livre a quem vier descalço


Sinopse:
Vigorosa e visionária alegoria política sobre o Brasil e a América Latina tendo como temas centrais o populismo, as utopias libertárias e o concerto barroco de diversas culturas (africana, índia, branca). Terra em Transe segue um enredo ficcional que já antecipa o questionamento de Glauber às noções ainda resistentes de trama e narrativa. Abolindo a ordem cronológica e adoptando um estilo fortemente operático e carnavalizante, é um dos filmes-manifesto do Cinema Novo. A “história” se passa em Eldorado, país imaginário da América Latina, onde o poeta e intelectual burguês Paulo Martins vê frustrar-se a sua esperança de que o Governador da Província de Alecrim e líder político Dom Felipe Vieira seria uma alternativa política ao conservador Dom Porfírio Diaz, ditador fascista que apela ao misticismo para preservar o poder. Entre estes, se interpõe a figura do capitalista Júlio Fuentes, que apesar de se declarar de esquerda acaba se aliando ao ditador Diaz. Ao lado de Sara, uma intelectual comunista, Paulo Martins não vê outra solução a não ser a violência revolucionária suicida.
"Convulsão, choque de partidos, de tendências políticas, de interesses econômicos, violentas disputas pelo poder é o que ocorre em Eldorado, país ou ilha tropical. Situei o filme aí porque me interessava o problema geral do transe latino-americano e não somente do brasileiro. Queria abrir o tema "transe", ou seja a instabilidade das consciências. É um momento de crise, é a consciência do barravento.", Glauber Rocha.