Ciclo de Trabalho Sexual | 23, 24 e 25 de Fevereiro


5ª, 6ª e Sábado, 23, 24 e 25 de Fevereiro às 22h
uma organização conjunta:

Gato Vadio & Gata / Grupo de Ativismo e Transformação pela Arte


Anjos do Sol 
Brasil (2006)
5ª, 23 de Fevereiro, 22h

Inspirado livremente em diversos artigos publicados na imprensa, Anjos do Sol fala sobre o mundo da prostituição infantil no Brasil, através da história de Maria, uma menina de doze anos de idade que é vendida pelos pais, e cruza o país numa longa jornada, se prostituindo para sobreviver enquanto busca um futuro melhor.

Das 9 às 5
Realização de Alcaire e Rodrigo Lacerda, com a presença dos realizadores
6ª, 24 de Fev., 22h 

Este documentário dá conta da visão que os trabalhadores do sexo têm sobre a sua profissão e o enquadramento social e legal a que estão sujeitos. Para isso, e ao longo de mais de dois anos, os realizadores acompanharam o dia-a-dia de vários/as trabalhadores/as que se empregam na área da sexualidade, conheceram a sua relação com as outras pessoas presentes nas suas vidas e documentaram as suas lutas, queixas e triunfos. O filme recorre também a entrevistas com investigadores e associações que desenvolvem estudos e projectos junto destes trabalhadores, activistas e políticos, assim como imagens de eventos significativos na luta pelos direitos dos/das trabalhadores/as do sexo.

QUANDO O SEXO É TRABALHO
Quando o sexo é trabalho
Prostituição e outras formas de comércio sexual
Debate com Alexandra Oliveira
[Universidade do Porto – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação]Sáb., 25 de Fev. 22h

Neste debate pretendo descentrar a discussão sobre a prostituição e outros trabalhos sexuais da habitual perspectiva moral e vitimizante para uma abordagem centrada nos direitos humanos e laborais de quem se dedica ao comércio do sexo. Parto da desconstrução do objecto “puta” para chegar a uma visão mais subjectiva que dá voz aos actores do trabalho sexual. Entre “puta-imoral” ou “puta-vítima” e “trabalhadora do sexo” está a diferença entre dizer e ouvir quem faz trabalho sexual; entre condenar, rejeitar ou impor a ajuda e compreender ou capacitar os seus actores; entre pensarmos no estereótipo da prostituição feminina de rua e reconhecermos a diversidade de contextos, actores e práticas da chamada indústria do sexo.
Os Gat@s e as Vadi@s continuam de portas abertas para vos acolher, nesta aventura que espalha as sementes da alegria, da solidariedade, da criatividade, da consciência rebelde e crítica. As nossas garras continuam tão sedutoras como o ronronar que fazemos aos vossos ouvidos!

Há um ano a Gato Vadio vestiu a pele de Associação Cultural e Espaço de Intervenção Social. O nome oficial da associação é uma metáfora, por vezes poética, por vezes realista: Saco de Gatos.

Desejamos que o espaço da Gato Vadio continue aberto à diversidade das gentes felinas que ao longo de quatro anos têm passado e ficado por cá. Acreditamos que outra cultura é possível!

A intervenção directa, as oficinas, os debates, os ciclos de documentários, os filmes, os concertos, a poesia, os livros, as festarolas, o disparate pegado, o humor, o tu-cá-tu-lá, os miados, enfim... é para continuar! Não é demais lembrar que a Gato Vadio teria fechado portas se não houvesse esta metamorfose em associação sem fins lucrativos.

Contudo, para manter este naufrágio com final feliz à tona precisamos da vossa ajuda e participação.